ANACARDIACEAE

Schinopsis brasiliensis Engl.

LC

EOO:

2.043.211,379 Km2

AOO:

1.016,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

Não é endêmica do Brasil, ocorrendo no país nas regiões Nordeste (Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Bahia, Alagoas, Sergipe), Centro-Oeste (Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal) e Sudeste (Minas Gerais) (Silva-Luz; Pirani, 2012).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Rafael Augusto Xavier Borges
Revisor: Tainan Messina
Categoria: LC
Justificativa:

<i>S. brasiliensis</i> possui distribuição extensa pelo Brasil e países vizinhos, com subpopulações identificadas em diferentes situações de ameaça. Entretanto, a espécie tem a madeira explorada comercialmente e pode apresentar-se sob risco de extinção com a aquisição e o monitoramento dos dados de extrativismo.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Nomes populares: "baraúna", "braúna" (Silva-Luz; Pirani, 2012), "braúna-parda", "braúna do sertão" (Lorenzi, 2002).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Sim
Detalhes: A madeira da espécie é pesada (1,23 g/cm³), dura altamente resistente à decomposição quando em ambiente externo (Lorenzi, 2002), tem valor de uso comparável a aroeira e braúna.

População:

Flutuação extrema: Sim
Detalhes: Espécie possui densidades na Caatinga entre 31 a 40 indivíduos por hectare, mesmo em áreas regeneradas 30 anos após corte raso (Júnior; Drumond, 2011; Pegado et al., 2006).

Ecologia:

Biomas: Caatinga, Cerrado
Fitofisionomia: Caatinga (stricto sensu), Cerrado (lato sensu) (Silva-Luz; Pirani, 2012), característica de regiões de várzeas da região semiárida. Frequente em solos calcários (Lorenzi, 2002). Presente na Caatinga arbórea, mata seca e floresta estacional na mata atlântica do Nordeste.
Habitats: 3.5 Subtropical/Tropical Dry
Detalhes: Árvores (2-) 4-11(-15) m alt., 18-50 cm DAP.

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.5 Invasive alien species (directly impacting habitat)
Áreas invadidas pela algarobeira, Prosopis juliflora, causam forte declínio nas densidades naturais de Schinopsis brasiliensis, passando de 30 a 40 indivíduos por hectare para 2,5 ind/ha (Pegado et al., 2006).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.2.2 National level on going
Considerada Ameaçada pela Lista vermelha da flora doBrasil (MMA, 2008), anexo 1. Biodiversitas (2005) avaliou como "Vulnerável" (VU): "Espécie ocorre naturalmente em baixas densidades, sofreu grande pressão madeireira, ainda existente hoje. As pequenas populações restantes ocorrem em poucos fragmentos remanescentes ameaçados pela redução de habitat. Espécie de crescimento muito lento e dependente de condições abióticas específicas para atingir a maturidade. Contudo, possui ampla distribuição geográfica".
Ação Situação
1.2.2.2 National level on going
Espécie proibida de corte em floresta atlântica primária e autorizada sob aprovação de plano de manejo florestal em floresta secundária, cerradões e cerrados (IBAMA, 1991).

Ações de conservação (2):

Uso Proveniência Recurso
Madeireiro
Espécie com alto valor de uso pelas comunidades no interior de Pernambuco (Ferraz et al., 2006). A madeira da espécie é excelente para usos externos, principalmente moirões e postes, com a mesma durabilidade da aroeira. Utilizada também na construção civil, carpintaria, obras de torno, etc (Lorenzi, 2002).
Uso Proveniência Recurso
Ornamental
Espécie bastante ornamental, podendo ser usada com sucesso na arborização urbana (Lorenzi, 2002).